A badalada mostra paralela EuroCucina, que traz todas as novidades para cozinhas a cada dois anos durante o Salão Internacional do Móvel de Milão, mostrou nos 22 mil m² de pavilhões da edição 2018 um revival da cozinha living como o grande coração da casa.
Em uma versão mais compacta e tecnológica. Um dos grandes símbolos desse movimento é a mesa I-table, do italiano Piero Lissoni para a Kartell, que funciona simultaneamente como fogão e mesa de estar.
O que demanda um estilo de vida extremamente minimalista e ‘honesto’ de seus usuários. Como no caso dos armários translúcidos, que não permitem vários objetos socados dentro dos espaços, mas convidam para uma arrumação quase poética de poucos utensílios, que ficam à mostra da família e dos convidados, sem medo de ser feliz. Confira as tendências da Eurocucina 2018!
Cozinhas aparentes
Além desse estilo mais monástico de morar (sem excessos), ter tudo à mostra exige hiperfuncionalidade do espaço para evitar bagunça. O que se viu foram vários acessórios pendurados ou instalados nas bancadas, nas cubas e cooktops para tornar a experiência de cozinhar cada vez mais fácil. Como também diversos nichos, espaço cativo para as pequenas hortas de temperos e muita tecnologia de ponta em todos os eletrodomésticos, que chegam a acumular funções e até a fornecer receitas com o que há disponível na geladeira. A iluminação personalizada também foi valorizada pela presença massiva do vidro, com usos variados: dentro dos armários, nas bases e prateleiras.
Tudo escondido e compacto
Outras marcas optaram por deixar louças e aparelhos absolutamente escondidos, em uma escala bem compacta e racional. Viu-se portas automáticas, deslizantes ou touch, escondendo tudo, que já são regra, mas também ilhas supercompactas e tecnológicas que, com o apertar de um botão, revelavam todo o necessário para o bom funcionamento da cozinha.
Sobriedade, e branco!
Apesar de algumas aventuras de marcas pontuais pelo retrô ou por cores mais chamativas, em geral a mostra veio mais sóbria este ano. Os protagonistas foram os amadeirados naturais, diferentes tons de cinza, preto, chumbo, marrom, e o branco, que volta com tudo!
Madeira, pedras e possibilidades
O estilo industrial evaporou. Ele aparece em algumas pequenas referências de forma bastante sofisticada, como nos nichos, prateleiras e estruturas metálicas aparentes, e nos pés das ilhas. Destaque para a mistura de materiais, principalmente madeira, vidro e alumínio. A harmonia entre materiais diferentes é um ponto sem volta. A madeira aparece de diversas formas, de móveis a tampos, com tamponamentos mais grossos, como antigamente, dando um ar mais aconchegante para os espaços. Aliado às pedras — clara, escura, lisa ou texturizada — que guarda sua funcionalidade e beleza, e potencial de personalização.
Bancadas sobrepostas
Por entender as cozinhas não mais apenas como espaços de total funcionalidade, mas de socialização e permanência das pessoas, as principais marcas apostam em bancadas sobrepostas. Em geral, de materiais, tamponamentos e formas diferentes. Algumas vêm bem rústicas, inclusive, inspiradas nas formas orgânicas das montanhas e do mar, e com uma transição para a bancada bem abrupta, quase como, por exemplo, se um material se transformasse em outro.
Retro e futurista
Apesar da linguagem racionalista de linhas bem retas ainda ser predominante nas cozinhas, alguns designers também trouxeram um revival das cozinhas retrô, pelo menos na estética, com cores pastel e motivos geométricos. Outros preferiram abusar das linhas orgânicas e das formas geométricas nos armários e bancadas, e conceberam espaços à la Jetsons.
via: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/design/cozinha-milao-2018-eurocucina-design-decoracao-tendencia/
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