Trocar a tensão do chuveiro ou o sistema de aquecimento são as saídas mais aconselhadas por especialistas
A hora do banho é, sem dúvida, um dos momentos mais difíceis de se enfrentar no inverno. Com o termômetro marcando temperaturas cada vez mais baixas, certificar-se de que o banho esteja quente é essencial.
Há diversos tipos de chuveiros e duchas disponíveis no mercado. Os mais comuns são os chuveiros elétricos, que podem ter diferentes potências e tensões. “O maior problema para o desconforto no banho é que os chuveiros em 127 Volts chegam à potência máxima de 5500 Watts e, para o inverno de Curitiba, isso deixa a desejar”, explica Edson Vanderlei Germiniani, proprietário da EWG, loja especializada em equipamentos de aquecimento em Curitiba.
Os chuveiros com tensão de 220V, disponíveis no mercado, podem chegar em até 8800W, ou seja, atingem uma temperatura até 60% maior que os monofásicos.
Para quem tem a saída elétrica do chuveiro de 127V, Geminiane sugere procurar um chuveiro com uma vazão de água mais restrita. “Em tese, os chuveiros de uma mesma potência deveriam ser iguais, mas alguns fabricantes acabam permitindo que o chuveiro funcione com uma vazão menor de água, assim, a água acaba ficando mais quente”, afirma.
Outra dica é quanto ao formato do chuveiro. O especialista conta que, apesar de mais vendidos, os chuveiros em que a água sai inclinada, fixados direto à parede, aquecem um pouco menos que os tradicionais, com cano. “Porque, como a água tem que sair com mais pressão, ela perde temperatura. Nos que usam cano, a tendência é aquecer mais pelo uso de menos pressão”, justifica.
Contudo, a melhor solução para um banho mais quente, com chuveiro elétrico, é trocar o ponto de energia para 220V. “Os bifásicos, por norma, atingem potências mais altas, proporcionando um aquecimento bem maior da água com a mesma vazão de um 127V”, defende Geminiane. Além disso, o especialista ainda explica que os chuveiros 220V tem uma vida útil maior, apesar de não economizarem energia, como o conhecimento popular acredita.
Trocando o ponto elétrico do chuveiro
Para fazer a mudança de 127V para 220V é necessário, primeiramente, analisar a situação da planta elétrica da casa. Segundo o coordenador de engenharia elétrica do CREA-PR, José Fernando Garla, o consumidor precisa checar se o quadro de energia da casa ou prédio recebe 220V da concessionária.
“As construções mais novas costumam já ter essa tensão, no entanto, se a distribuição for monofásica, ele precisa fazer esse aumento de carga, sempre orientado por um técnico ou engenheiro especializado e capacitado”, aconselha.
O custo, caso precise acionar a concessionária, passa dos R$ 1.000, de acordo com Júlio Omori, professor dos cursos de Engenharia Elétrica e de Energia da Universidade Positivo. “A mudança da tensão pela concessionária é, por lei, gratuita, porém, será necessário trocar poste, cabos, disjuntores e pagar a mão de obra”, explica ele.
No caso do quadro já receber 220V da concessionária, o serviço é bem mais simples e, segundo ele, fica em torno de R$ 500 por meio período de trabalho. Os valores variam de acordo com a situação de cada planta elétrica. A principal orientação de Omori é que, no período de construção da casa, já sejam previstos pontos 220V na planta elétrica.
Aquecimento a gás
Quem quer investir um pouco mais no aquecimento do banho, sem dúvidas deve buscar a instalação do sistema de aquecimento a gás. Segundo Edson Geminiane, da EWG, um chuveiro elétrico aquece 3 litros de água por minuto, enquanto o a gás chega a 12 litros por minuto.
Para fazer essa modificação, o consumidor precisa comprar o aquecedor a gás e viabilizar o encanamento do combustível até o aparelho. Por isso, essa modificação fica bem mais cara. Na loja de Geminiane, por exemplo, o aquecedor mais barato custa R$ 600 e o mais indicado, com regulagem digital, em torno de R$ 1.800.
via: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/imoveis/sofrendo-para-tomar-banho-no-frio-como-tornar-o-chuveiro-mais-quente/
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