Nossa relação com o ambiente doméstico já mudou muito ao longo do tempo, mas hoje ela tem essencialmente o papel de nos trazer conforto. “O gosto pela casa tem a ver com introspecção e a capacidade de se recolher a seus valores. Isso é algo favorável em uma época de recessão econômica, por exemplo. O retorno à casa é o retorno a si mesmo, o lugar onde você tem segurança, onde os objetos lhe são íntimos”, lembra a filósofa Viviane Mosé.
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Na história social do Brasil, fez muito sentido demarcar os limites das paredes de casa como um lugar privado, só seu. Se o motivador principal para isso parece ter sido a busca pela privacidade e pela segurança, como ainda acontece hoje em dia, não havia, na época, tanta intimidade com o lar como temos atualmente. Hoje a casa é extremamente personalizada, por isso mesmo, os momentos em que ficamos indoor também são aqueles em que estamos atentos a cada detalhe que nos rodeia. “Essa é a hora em que as necessidades de ajustes e cuidados ficam mais claras”, diz o sociólogo especialista em consumo Fabio Mariano.
O que te traz satisfação em casa? Como é possível tirar o melhor desses momentos? Conversamos com especialistas de diversas áreas e chegamos a dicas preciosas para manter o astral nas alturas!
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Decore do seu jeito
Nossa casa fala de quem somos e de quem queremos ser. Cada objeto é uma escolha muito importante, justamente porque ele tem o poder de imprimir no espaço uma espécie de mensagem. Deixar sua casa do seu jeito, colocar nela elementos que te alegram, que ajudam a potencializar seus talentos e a otimizar necessidades é decorar com sabedoria. “A tendência é não seguir um conceito estético, a decoração da casa deve refletir o morador, fazer com que ele se sinta à vontade, os objetos precisam trazer um certo conforto psicológico”, diz a filósofa Viviane Mosé.
“Nas décadas de 1980 e 1990, a casa era um ambiente muito familiar. Dividíamos 100 m² entre quatro pessoas, então não tinha como personalizar o espaço: a casa tinha de ter a cara da mãe, do pai… hoje os espaços estão menores, mas cada vez mais íntimos e personalizados”, conta o sociólogo e especialista em consumo Fabio Mariano. Pense, sinta, crie projetos. Nada está prescrito, então viva de acordo com seu estilo, exercite sua criatividade. Para ser feliz de verdade em casa, é preciso que cada cômodo seja um espelho de você, que cada elemento reflita sua história e seja um exercício de liberdade!
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Divirta-se
Diversão e bom humor na casa são essenciais. Surpreenda colocando miniaturas em cenas inusitadas dentro de um vaso, com um quadro divertido na parede, uma frase na geladeira…
Encha-se de arte
Entrar em contato com arte faz bem. “Ter arte em casa é viver na poesia do outro, se emocionar. Compartilhar uma arte de que você gosta na sua casa é um ótimo ponto de partida para começar uma conversa. A arte do outro abre espaço para nosso próprio diálogo”, diz Felipe Morozini.
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Explore a vizinhança
“Nem sempre o espaço público foi sinônimo de um convívio agradável”, diz Fabio Mariano, sociólogo. Por sorte, no urbanismo moderno, o espaço é continuamente reestruturado. “O espaço público vem sendo incorporado na ideia de comunidade e de uma vida compartilhada”, completa. Assim, a impessoalidade de contatos do dia a dia, que é uma marca das cidades modernas, está abrindo espaço para um novo cenário de convivência, com traços mais “comunitários” e amigáveis. Vivemos um momento de renovação urbana e resgate da autoestima de muitos espaços de convívio, e como a casa nunca está separada de seu entorno, é essencial ter familiaridade e empatia com o ambiente onde se vive, já que isso influencia seu estilo de vida. Andar a pé, ler um jornal na praça, plantar flores no parque… “Considero que cidade projetada para as pessoas é uma evolução do conceito de cidade. A chamada ‘acupuntura urbana’, pensar pequenas melhorias para o espaço público, agrega muito ao convívio”, diz Felipe Morozini. Existem muitos modos de vivenciar seu bairro. Conheça-o e abrace-o assim como faz com sua casa. Pesquisas mostram que encurtar deslocamentos no dia a dia pode te deixar mais feliz. Então busque mercados, fornecedores e serviços locais. A casa é onde ela está! E a felicidade de dentro precisa estar em sintonia com os espaços lá de fora.
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via: https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Decoracao/noticia/2018/05/4-dicas-para-manter-o-alto-astral-em-casa.html
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