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Cinco conselhos para uma decoração chique e barata

O arquiteto e colunista da Casa e Jardim, Diego Revollo, dá cinco conselhos para alcançar uma decoração elegante mesmo com baixo orçamento

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Nos últimos 5 anos, tivemos muitas mudanças nos projetos de interiores. A maneira de morar mudou, acompanhando as mudanças de comportamento e o ritmo de vida das grandes cidades. Eu mesmo, quando entrei no mercado de trabalho, em 2001, convivi ainda com uma demanda de clientes do alto luxo que, ao longo dos anos, passaram a pedir por mais conforto e praticidade em detrimento de antigos hábitos. 

Atualmente, costumo imprimir nos meus projetos, mesmo nos de baixo orçamento e pequenas metragens, o conceito de luxo contemporâneo, que nada mais é que tentar aliar a beleza e a sofisticação que admiro a nossa maneira atual de viver. Se você também ainda se emociona com uma decoração mais refinada, mas acha que ela é sempre resultado de altas somas, preste atenção nestes cinco conselhos, pois certamente te ajudarão a deixar a sua casa mais chique.

1. Amplitude

Pé direto amplo e móveis proporcionais adicionam elegância à decoração (Foto: Divulgação)

Pé-direto amplo e móveis proporcionais adicionam elegância à decoração (Foto: Divulgação)

Somos cada vez mais conscientes da escassez de recursos e da utilização dos mesmos no nosso dia a dia. Dentro dessa característica marcante da nossa época, o espaço e a diminuição das metragens nas nossas casas configuram um dos aspectos mais recorrentes na minha área. É evidente que amplitude confere beleza e proporciona espaços mais agradáveis. Portanto, a primeira coisa que persigo nos meus projetos, independente de seu tamanho, seja um apartamento de 40 m² ou um de 600 m² é a amplitude. E sempre é possível alcançá-la.

Nesse caso, vale a pena restringir o número de ambientes ou concentrar funções para conseguir espaços maiores. Circulações generosas e móveis proporcionais garantem sempre uma leitura mais bonita e elegante de um espaço finalizado. Um item que para a maioria das pessoas passa despercebido é o pé-direito. Ganhar centímetros eliminando forros ou reduzindo a altura de rebaixos desnecessários é regra aqui no meu escritório, pois o ganho na amplitude é inquestionável com esse recurso.

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2. Iluminação

Abundância de luz natural valoriza a leitura dos ambientes (Foto: Divulgação)

Abundância de luz natural valoriza a leitura dos ambientes (Foto: Divulgação)

A luz natural, de preferência abundante, é uma aliada para deixar qualquer decoração mais bonita e leve. Ao contrário das lâmpadas, ela é a única que ressalta as formas, cores e texturas com perfeição única, jamais obtida por meio da iluminação artificial.

Perder mais tempo na escolha do seu imóvel e, às vezes, até abrir mão de outros, justamente por serem escuros ou com pouca entrada de luz é sempre uma boa ideia para garantir um resultado mais bonito lá na frente. Para a iluminação artificial, é melhor não se entusiasmar com o número de spots que podem representar somas consideráveis e acaba criando uma iluminação mais decorativa.

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Ao contrário da claridade natural, a artificial acaba com os efeitos de luz e sombra quando em excesso. Esses efeitos são bem-vindos para criar um clima mais dramático ou aconchegante. Vale a pena restringir a quantidade de pontos de luz nos tetos, dando preferências a luminárias de chão, abajures e um único lustre ou pendente. Peças charmosas e com desenhos diferentes exercem um papel crucial para deixar a decoração sofisticada. Com paciência, você encontra em lojas, feirinhas e mesmo na internet opções para todos os bolsos.

3. Cores 

Apesar de ser a cor que melhor reflete a luz natural, o branco pode não ser recomendado para dar amplitude a ambientes pequenos. Enquanto isso, o cinza e o bege recebem qualquer tipo de mobiliário (Foto: Divulgação)

Apesar de ser a cor que melhor reflete a luz natural, o branco pode não ser recomendado para dar amplitude a ambientes pequenos. Enquanto isso, o cinza e o bege recebem qualquer tipo de mobiliário (Foto: Divulgação)

Cores sóbrias sempre serão mais elegantes e resistirão melhor à passagem dos anos e modismos. Apesar do branco ser, muitas vezes, unânime para todos que querem ganhar amplitude já que é a cor que melhor reflete a luz natural, ele não é sempre o mais recomendado para ter uma decoração chique. Quando você opta pelo branco, precisa obrigatoriamente, acrescentar texturas e uma diversidade de materiais. Tons suaves, como cinza claro e o bege são boas sugestões para quem gosta de uma casa clara que recebe bem o mobiliário escolhido.

Para espaços menores, a solução é contrária ao senso comum: optar por tons mais fortes ou cores com personalidade. Nesse sentido, a maioria dos fabricantes de tintas lança matizes anualmente que já são pensadas para a decoração de interiores. Nunca é caro comprar pequenas amostras e realizar testes no local. No escritório procuro escolher as cores preponderantes a partir do gosto do cliente, não só das paredes, mas de todo o projeto, e sempre será mais enriquecedor pensar dessa maneira do que padronizar o uso do branca, por exemplo.

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4. Mistura de materiais 

Variar nas texturas, cores e acabamentos é uma forma eficaz de garantir elegância. Aposte em materiais de madeira, metal e pedra, escolhendo no mínimo uma peça chave para cada cômodo (Foto: Divulgação)

Variar nas texturas, cores e acabamentos é uma forma eficaz de garantir elegância. Aposte em materiais de madeira, metal e pedra, escolhendo no mínimo uma peça-chave para cada cômodo (Foto: Divulgação)

A sensação de entrar em um espaço onde a combinação de diferentes materiais é equilibrada agrada não só aos olhos, mas a todos os nossos sentidos. Madeira, pedra e metal são materiais-chaves e, na decoração ideal, quase sempre eles aparecem combinados entre si. É evidente que o metal é mais pontual e pode aparecer nas ferragens, detalhes do mobiliário ou em alguma luminária. De qualquer maneira, evitar esses materiais ou abusar dos sintéticos e com aspectos artificiais deixa qualquer casa comum ou com cara de um ambiente comercial qualquer.

Muitas lojas oferecem os mesmos preços para móveis com aparência de madeira ou laqueados. Abusar deste último, junto a outras superfícies lisas e artificiais, inibe qualquer tentativa de deixar um ambiente mais aconchegante. Mesmo que você não seja amante destes materiais (madeira, pedra e metal), eles precisam estar presentes na decoração ou em pequenos detalhes, ainda que misturados a opções industrializadas.

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5. Atenção aos detalhes

Cortinas do teto ao chão valorizam a amplitude dos espaços e dão elegância à decoração (Foto: Divulgação)

Cortinas do teto ao chão valorizam a amplitude dos espaços e dão elegância à decoração (Foto: Divulgação)

Em decoração com o orçamento restrito é preferível priorizar pelo menos uma ou duas peças de algum ponto-chave, para investir e dar destaque, ao invés de partir para a ideia de comprar tudo em uma única loja, apenas pelo preço.

Às vezes, é até melhor ter a casa mais vazia mas com peças bacanas que serão vistas em destaque do que procurar preencher todo o espaço rapidamente. Se o orçamento tem mais folga, eleja uma única peça especial para cada ambiente ou algo que te encante e encha os olhos. Um móvel bonito, mesmo junto a vários outros com desenho genérico é capaz de salvar o espaço.

Para as cortinas, prefira sempre executá-las até o chão. Se você acha que está economizando muito reduzindo a quantidade de tecido ou a dimensão das mesmas, procure comparar as duas opções e verá que a economia é pequena e o resultado pode ser desastroso. Cortinas ainda são uma das melhores formas de enriquecer qualquer ambiente e, muitas vezes, dar até um ar mais dramático. E, por fim, objetos com história ou personalidade, flores ou mesmo folhagens são itens que não costumam ter um custo significativo e podem ser acionados com facilidade para criar detalhes com a cara do dono, o que deixa qualquer decoração mais charmosa.

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via:
https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Colunistas/Diego-Revollo/noticia/2019/04/cinco-conselhos-para-uma-decoracao-chique-e-low-cost.html

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