Você já parou para pensar o quão antiga é a história da arquitetura? Pois bem, ela remonta há civilizações milenares, mas que deixaram sensíveis contribuições e estilos próprios. A exemplo está a arquitetura do antigo Egito. Os egípcios desenvolveram um estilo próprio de construção que transpassou muitos séculos. A arquitetura egípcia compreende um período que vai de 4000 a.C a 30 a.C.
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A arquitetura do antigo Egito tem como linha norteadora os monumentos funerários, religiosos e moradias. Entretanto, Sem grandes recursos arqueologicamente comprovados, a arquitetura de pirâmides, templos e obeliscos continua sendo um grande mistério.
ORINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA EGÍPCIA
A arquitetura egípcia é marcada, principalmente, pela grandiosidade. Isto pode ser notado em algumas de suas maiores representantes: as pirâmides. Porém, algumas outras características também são importantes como: a simplicidade nas formas, aspecto maciço e pesado, predominância de superfícies sobre os vazios, policromia.
Os monumentos funerários podem ser divididos em: mastabas, hipogeus e pirâmides.
MASTABAS: túmulos de forma retangular e que foram feitos inicialmente de tijolos e posteriormente de pedras. As câmaras funerárias eram escavadas bem abaixo da base da mastaba.
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HIPOGEUS: túmulos escavados na rocha. Contém galerias, corredores e até salas mobiliadas.
AS PIRÂMIDES EGÍPCIAS
Sem sombra de dúvida, as pirâmides são alguns dos maiores representantes da arquitetura egípicia. Suas construções começaram a partir de 3.650 a.C, nas dinastias III e IV dos faraós. Os arquitetos no Egito, por sinal, eram considerados como as pessoas que realizavam os grandes sonhos dos faraós.
A arquitetura das pirâmides se dividia em escalonada (ou em degraus), sendo estas o primeiro modelo de pirâmide construído. Elas tiveram grande importância, pois representavam uma evolução das mastabas. Posteriormente, na dinastia IV, vieram as pirâmides lisas – sendo estas as que usualmente conhecemos hoje.
Na cidade de Dahsur está a primeira de todas as pirâmides: a Vermelha. Já na cidade de Gizé está o mundialmente conhecido Necrópole de Gizé. É um complexo composto pelas pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, além da Grande Esfinge. Tudo isso, inclusive, foi construído na IV dinastia e hoje são consideradas como uma das Sete Maravilhas do Mundo.
A pirâmide de Quéops, contava com altura original de 140 metros. A forma piramidal representava os raios descendentes do Sol e a maioria das pirâmides eram revestidas por pedra calcária branca, polida e altamente reflexiva, o que dava a essas estruturas uma aparência brilhante quando vistas à distância.
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OS TEMPLOS DO ANTIGO EGITO
Apesar das pirâmides, ao longo dos milênios provocar fascínio, sobretudo devido a grandiosidade, os templos foram o tipo de construção mais comum na arquitetura egípcia. Os edifícios civis, em geral, recebiam menos atenção dos arquitetos e eram feitos com material pouco durável.
Os maiores templos, erigidos em materiais sólidos e resistentes são os de Luxor e Karnak. A entrada dos templos geralmente era feita por caminhos que continham esfinges de ambos os lados. Os templos eram enormes e geralmente estavam sustentados por colunas.
Os projetos dos templos egípcios enfatizavam a ordem, simetria e monumentalidade, combinando formas geométricas com motivos orgânicos estilizados. Elementos dos desenhos dos templos também aludiam à forma dos primeiros edifícios egípcios.
Os projetos gerais dos templos estavam centrados em torno de um eixo, levemente inclinado, que levava do santuário à entrada do templo. No padrão já totalmente desenvolvido utilizado pelos arquitetos do Império Novo (e posteriormente), o caminho utilizado para as procissões dos festivais – uma ampla avenida ornada por colossais portões – servia como eixo central.
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O desenho do templo podia variar consideravelmente, inclusive além do efeito distorcedor dos edifícios adicionais. Diversos templos foram esculpidos diretamente na rocha natural, como o de Abu Simbel, ou tinham câmaras internas, com pilones e pátios de alvenaria, que haviam sido escavadas diretamente na rocha, como o de Wadi es-Sebua. Tinham basicamente o mesmo layout dos outros templos, porém seus aposentos internos eram câmaras que haviam sido escavadas e não erguidas.
Materiais maciços
A utilização da pedra nos templos egípcios enfatizava seu propósito, na condição de residências eternas dos deuses, e separava-os dos outros edifícios, pertencentes aos mortais, que eram construídos com tijolos de barro.
As estruturas dos templos eram construídas sobre fundações de lajes de pedra depositadas em valas que eram cobertas por terra. Paredes e outras estruturas eram construídas com grandes blocos, de diversos tamanhos. Os blocos eram dispostos em fileiras, geralmente sem argamassa. Cada pedra era esculpida de modo a encaixar com as adjacentes, produzindo blocos cuboides cujas formas irregulares se encaixavam. As paredes interiores eram construídas com menos esmero, utilizando pedras mais irregulares e de pior qualidade.
A construção de templos não terminava depois que o projeto original estava completo; os faraós frequentemente reconstruíam ou substituíam estruturas danificados do templo ou erguiam novas estruturas ao lado das que já existiam.
Os templos, assim como as pirâmides, contavam com decoração em gravuras, desenhos e diversas inscrições em hieróglifos.
AS ESFINGES DO ANTIGO EGITO
As esfinges correspondem a parte importante da arquitetura egípcia milenar. Geralmente existiam diversas esfinges de ambos os lados das estradas que davam acesso aos templos. As esfinges mais comuns eram estátuas com corpo de leão e cabeça humana (geralmente de Faraós). As menores serviam de decoração para as avenidas que levavam aos templos.
Havia esfinges que serviam como decoração e proteção de interiores (como ocorre hoje com estatuárias de uma determinada crença). As esfinges são consideradas do sexo masculino, mas também tiveram as suas versões femininas, como foi o caso da esfinge da Faraó Hatshepsut. A esfinge mais famosa é a do complexo de Gizé. O rosto dela é atribuído ao faraó Quéfren e portanto dataria da quarta dinastia. Algumas teorias tentam afirmar, no entanto, que a esfinge foi construída muito antes desse período.
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via: http://44arquitetura.com.br/2018/11/arquitetura-egipcia/