Início Patrimônio Igreja do Bom Jesus do Saivá – Antonina

Igreja do Bom Jesus do Saivá – Antonina

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Data de 1646 a primeira concessão de sesmarias no que hoje é o litoral antoninense, feita por Gabriel de Lara, capitão povoador da Nova Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, requeridas que foram por Pedro de Uzeda, Manoel Duarte e Antônio de Leão, que se tornaram os primeiros povoadores de Antonina.

A fundação da povoação, entretanto, só ocorreu em 1714, quando, com a autorização do bispo do Rio de Janeiro, foi construída uma capela na Fazenda Graciosa, do sargento-mor Manoel do Vale Porto, em testada de meia légua para a Baía de Antonina.

As casas que circundavam o templo davam para o mar e a fonte que servia à população era a existente na pedreira. Em 1797 a freguesia foi elevada à categoria de vila, com a denominação de Antonina, em homenagem ao príncipe D. Antônio.

obtido de: http://mapio.net/pic/p-7884959/

ORIGEM

A origem da pequena Igreja do Senhor Bom Jesus do Saivá perde-se no tempo, e segundo tradição oral, D. Serafina Rodrigues Ferreira, esposa do então capitão-mor da vila, Manoel José Alves, vítima de grande enfermidade fizera a promessa de que, caso obtivesse a graça de ser curada, mandaria erguer capela consagrada ao culto do Senhor Bom Jesus.

Segundo Ermelino de Leão, o templo foi construído pela Irmandade de Bom Jesus do Saivá, fundada pelo referido capitão-mor, “e que muito concorreu para sua edificação e que repousa junto à soleira da porta da Igreja, da qual fora protetor”.

obtido de: http://www.gazetadopovo.com.br/multimidia/infografia/especiais/litoral/2011/08/info_antoninaroteiro/info_antoninaroteiro.phtml

Ao que tudo indica, por força do falecimento dos principais patronos, em 1837, a capela não chegou a ser concluída, embora houvesse funcionado regularmente entre 1866 e 1900 quando foi abandonada e, em 1913, fechada, em virtude do desmoronamento parcial da fachada.

RESTAURAÇÃO

Em 1970, bastante arruinada, foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, que em seguida cuidou da sua restauração. Reinaugurada em 1976, após ser restaurada pelo então Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, consoante projeto do arquiteto Sérgio Todeschini Alves, compõe-se de quatro corpos: nave, capela-mor, sacristia anexa e torre sineira.

obtido de: https://plus.google.com/109735623652507261105

Construída em alvenaria de pedra, sobre a fachada enquadrada por cunhais, destaca-se frontão triangular vazado por óculo e encimado por cruzeiro. Portada emoldurada em cantaria, com verga e sobreverga arqueada.

À altura do coro, duas janelas de folha cega, emolduradas por requadros em massa, encimados por vergas encurvadas e dois óculos. A nave possui duas portas de acesso lateral. Cobertura em telha capa-e-canal, arrematada por beiral em cimalha.

Em seu interior, bastante simples, destaca-se a imagem do orago, Bom Jesus do Saivá, restaurada pela professora Maria Ester Teixeira Cruz. A imagem, que havia sido furtada da igreja, foi recuperada em 1985.


VIA: Espirais do tempo


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