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Antigo Paço Municipal – Curitiba

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A Prefeitura está concluindo a revitalização das praças Generoso Marques e José Borges de Macedo, no Centro. As equipes contratadas pela Secretaria Municipal de Obras Públicas estão colocando as calçadas e instalando a nova iluminação cênica do prédio do Paço Municipal. Curitiba, 17/02/2009 Foto: Luiz Costa/SMCS

Em 1912, após haver ocupado casas alugadas, a Prefeitura Municipal de Curitiba, através de lei aprovada em 29 de novembro, foi autorizada a construir sede própria, a ser edificada na Praça Santos Andrade.

Entretanto, no ano seguinte, através de empréstimo contraído ao governo do estado, com o objetivo de serem feitos melhoramentos na capital, entre os quais se incluía o palácio da Prefeitura como “obra de urgente necessidade”, é que, efetivamente, o projeto pôde ser concretizado.

LOCAL

Novo local foi escolhido — a atual Praça Generoso Marques — onde existia o antigo Mercado Municipal, que foi demolido. Iniciada em 1914, a construção prosseguiu durante todo o ano de 1915, e em 24 de fevereiro de 1916 inaugurava-se o novo prédio do Paço Municipal.

de: http://g1.globo.com/pr/parana/transito/noticia/2016/12/espetaculo-de-natal-altera-transito-na-regiao-do-centro-historico-de-curitiba.html

Curitiba tornou-se, então, um dos raros exemplos, no Brasil, de Prefeitura Municipal a ter sede própria. Oficialmente chamado de Paço da Liberdade a partir de 3 de fevereiro de 1942, sediou a Prefeitura de Curitiba até 1969, quando esta foi transferida para a nova e moderna sede do Centro Cívico.

Em 1970, o prédio teve sua restauração iniciada, interrompida em 1971 e retomada em meados do ano seguinte, após reformulação do projeto pelo arquiteto Cyro Corrêa Lyra, o qual juntamente com o arquiteto Abrão Assad, levou a termo sua execução.

MUSEU

Em 16 de janeiro de 1974 o Museu Paranaense inaugurou sua nova sede, consoante planejamento elaborado pelo arqueólogo Oldemar Blasi, então diretor da instituição, e pelo professor Newton Carneiro, com o assessoramento museográfico da historiadora de arte Lygia Martins Costa, do IPHAN.

de: http://www.centrohistoricodecuritiba.com.br/paco-da-liberdade/

O antigo Paço Municipal recuperou suas características originais, através da adoção, pelos arquitetos que o restauraram, de soluções simples, racionais, seguras e sobretudo econômicas.

A maior dificuldade apresentada pela restauração concentrou-se na cobertura, pelo fato da original — de telhas de fibrocimento de forma quadrada, e importadas da Bélgica — haver sido trocada pela Prefeitura.

RESTAURAÇÃO

Através de fotografias foi possível a reconstituição da forma original, reintroduzindo-se as placas de fibrocimento. No último pavimento, ou sótão, em sua parte central, foi feita uma cobertura em acrílico, ante a necessidade de ali ser instalado local de trabalho, esta, entretanto, que não interferiu no aspecto do prédio.

de: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/de-mercadao-a-paco-da-liberdade-1jecikzfv0ju7mb5lhvwmpvta

Nos demais pavimentos, foi feita a restauração da pintura dos tetos e do estuque — atribuídas a João Guelffi, J. Ortolarti ou Anacleto Garbaccio —, trabalho este realizado pela professora e restauradora Maria Ester Teixeira Cruz, que também se encarregou da recuperação das peças de madeira e ornatos deteriorados, juntamente com alunos da Escola de Belas-Artes.

Externamente fez-se a limpeza das paredes, sem pintura, conservando-se sua tonalidade cinza. Foi feita, ainda, a restauração e a substituição de alguns dos assoalhos, recuperaram-se as esquadrias e as instalações elétricas bem como as sanitárias.

de: http://www.cmc.pr.gov.br/ass_det.php?not=26179

Prédio de arquitetura eclética, com elementos art nouveau representados, sobretudo, pelas marquises de ferro voltadas para a Praça Tiradentes, pelo desenho das esquadrias de madeira e portas externas.

ARQUITETURA

Ocupando área de 500m² está construído sobre base de concreto e blocos de cantaria, possuindo planta retangular sobre cujos lados menores erguem-se duas fachadas, a principal voltada para a praça e na qual destaca-se a torre quadrada. É construído em alvenaria de tijolos, com três pavimentos.

de: http://www.cmc.pr.gov.br/ass_det.php?not=26179

Dois Hércules sustentam as colunas da entrada do prédio e representam os poderes municipais — o Legislativo e o Executivo—, e o nicho existente, logo acima encerra figura feminina que representa a cidade de Curitiba.

Completa a ornamentação da torre escudo com as armas do município e cabeças de Leão, símbolos da força. Em três faces da torre, há relógios movidos eletricamente. Em todas as fachadas, sacadas semicirculares.

de: http://www.circulandoporcuritiba.com.br/2009/05/paco-da-liberdade.html

Criado em 1874 e oficialmente inaugurado em 25 de setembro de 1876, o Museu Paranaense, tanto quanto a Prefeitura, ocupou vários imóveis. Quando da inauguração do moderno Paço 29 de Março, no Centro Cívico, o estado e o município de Curitiba, através de Termo próprio, regulamentaram a utilização do prédio, que até então servira de sede para a municipalidade destinando-o, então, ao Museu Paranaense, a fim de abrigar seu precioso acervo.

O museu permaneceu no edifício até o final de 2002, quando foi transferido para sua sede definitiva no Palácio São Francisco. Após a desocupação, o edifício retornou às mãos da Prefeitura Municipal de Curitiba, que contratou os mesmos arquitetos responsáveis pela restauração dos anos 70 para a elaboração de novo projeto de reciclagem e restauração.

de: http://curitibaspace.com.br/paco-da-liberdade/

Com o início das obras previsto para 2006, o antigo Paço Municipal retornará à sua função original, com sua reconversão a salão de atos oficiais, gabinete nobre do prefeito, memória do planejamento da cidade etc.

DADOS

Localização: Praça Generoso Marques – Centro.
Data da construção: 1914-1916.
Autor do projeto: Engenheiro Cândido de Abreu
(atribuição).
Proprietário: Governo do Estado do Paraná.
Tombamento SPHAN: Processo nº.1116-T. Inscrição nº 564,
Livro das Belas-Artes, vol. II, fl. 7. Data: 17/10/1984.
Tombamento estadual: Processo nº 222-06/64, Inscrição
nº 06. Livro do Tombo Histórico. Data: 18/01/1966.


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