Em algum momento você já se perguntou o quão complexo deva ser projetar hospitais? Sim, a arquitetura hospitalar exige uma série de diferenciais dos profissionais de arquitetura. No entanto, é um desafio valoroso não apenas a quem concebe a ideia, como para a sociedade em forma geral.
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PENSANDO A ARQUITETURA HOSPITALAR
Este tipo de empreendimento é diretamente influenciado pelo tipo de projeto arquitetônico em que foi pensado. Para Ana Carolina Potier, arquiteta do MEP Arquitetura e Planejamento, escritório do Paraná especializado em arquitetura hospitalar, ao iniciar o projeto é “preciso entender muito bem a atividade que será realizada em cada ambiente a ser projetado. A partir daí saber orientar bem o cliente. As orientações são quanto às exigências sanitárias, de conforto, humanização, sustentabilidade, de instalações e manutenção. Estas são as bases que nortearão a elaboração do projeto arquitetônico”. A profissional ressalta ainda, a importância de conhecimentos aprofundados na atividade médico-hospitalar. Sobretudo, a fim de projetar bem todas as áreas de apoio técnico e logístico necessário para o pleno funcionamento do ambiente.
Em geral, hospitais necessitam ser funcionais aliados à uma boa estética. Tais condições precisam estar harmonizadas com a humanização. A humanização é primordial em projetos hospitalares, sobretudo aos usuários. “Ambos têm que ser pensados juntos, pois não adianta ter um ambiente humanizado se ele não servir à atividade a que se presta, e vice versa” – orienta Ana Carolina, que desde 2004 atua em projetos na área da saúde. Segundo ela, um bom projeto hospitalar irá atender tanto às exigências técnico-legais, quanto de conforto e segurança. E isso deve ser pensado não apenas ao paciente, mas como para toda a equipe que trabalha em um hospital.
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O PORTE DOS HOSPITAIS
Hospitais podem ser pequenos (até 50 leitos), médios (de 50 a 150), grandes (de 150 a 400) e especiais (acima de 400). O nível de complexidade do programa é diretamente proporcional ao tamanho e ao grau de sofisticação tecnológica do empreendimento.
PLANO DIRETOR EM ARQUITETURA HOSPITALAR
A arquitetura hospitalar não deve ser pensada como um projeto rígido. É preciso tomadas de decisões para situações, que eventualmente, só venham a acontecer em um futuro distante. O hospital necessita ter vida longa e por isso a necessidade de um plano diretor. Em relação ao que venha a ser o plano diretor hospitalar, Ana Carolina Potier esclarece: “o Plano Diretor é um planejamento macro do hospital para direcionar a elaboração de projetos e obras ao longo do tempo. São desenhos e textos que mostram a evolução da edificação à medida que projetos e obras vão sendo executados”.
Dentre outras importâncias da execução do plano diretor em arquitetura hospitalar, a arquiteta indica o fato de este buscar ordenar as interferências, de forma a se tornarem viáveis tecnicamente e economicamente à instituição. Além disso, ajuda a dar diretrizes na buscar por recursos e investimentos. Ou seja, com estes fatores considerados é possível ao hospital atingir seus objetivos de crescimento e modernização.
No entanto, apesar de sistemas complexos, não há um sistema construtivo ideal. Cada caso é um caso e é preciso entender o negócio para propor a melhor solução em cada empreendimento.
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NORMAS E INOVAÇÕES NA ARQUITETURA HOSPITALAR
É preciso ressaltar que a arquitetura hospitalar é pautada por normas rígidas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A agência, inclusive, possui um Manual de Engenharia e Arquitetura Hospitalar. E há pontos fundamentais a serem pensados na arquitetura de um hospital: como um bom projeto de comunicação visual com padronização de sinalização interna e externa. Além do mais, ergonomia de espaços, mobiliários e equipamentos devem ser projetados como forma de propiciar o maior conforto possível aos usuários.
A proximidade com o usuário, em atender suas reais demandas, tanto do paciente quanto da equipe que irá utilizar o espaço. Estas são algumas das maiores inovações da arquitetura hospitalar nos últimos anos, de acordo com a especialista Ana Carolina Potier. A arquiteta relata, ainda, que estas demandas podem ser desde técnicas a até por procedimentos ou processos que vem da própria evolução das ciências médicas e da saúde. “Demandas relacionadas à humanização, de conforto, acessibilidade e acolhimento” – pontua.
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HOSPITAIS PÚBLICOS X HOSPITAIS PRIVADOS
Para a arquiteta da MEP ARQUITETURA, projetar hospitais públicos e privados não tem grandes diferenças. quanto à necessidade de se cumprir a legislação sanitária e outras normativas. “Mas há diferenças às vezes na forma como funcionam internamente. Em situações de pessoal, de abastecimento, de fluxos internos e externos, de prazos e recursos”, salienta. Para ela, “cada hospital na hora de se projetar, seja uma reforma, ampliação ou construção nova, deverá ser visto e entendido na sua própria cultura hospitalar e realidade”.
ORIENTAÇÃO AOS ESTUDANTES E RECÉM-FORMADOS
Muitos estudantes ou recém-formados em arquitetura tem o desejo de dedicar sua atividade profissional em arquitetura hospitalar. Ana Carolina Potier traz a seguinte orientação a estudantes que desejam seguir para a área: “estudem constantemente as normas técnica e exigências sanitárias, procurem entender as atividades para as quais será projetado um determinado ambiente, observem os sinais que os espaços existentes nos dão na hora de projetar e atendam às necessidades dos clientes”. A profissional ressalta ainda “mas sempre de forma profissional, colocando seu entendimento como pessoa habilitada que é para prestar aquele serviço”.
Imagem de capa: Arizona’s Phoenix Children’s Hospital By HKS Architects
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Excelente matéria, parabéns! é um grande desafio conseguir unir funcionalidade e humanização do espaço em projetos de arquitetura hospitalar, os projetos desenvolvidos pelos arquitetos Thomé de Medeiros Raposo e Michelle Gavanski especialistas em arquitetura de EAS, trazem essa marca em seu DNA, vale a pena conferir! projetoh.arq.br