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Do vidro à casca de coco, aprenda como usar as pastilhas na decoração

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Versáteis na composição com outros tipos de revestimento, pastilhas estão disponíveis em diversas opções de formatos e materiais

Peças pequenas que, unidas em placas ou em mosaicos, dão um toque especial ao acabamento dos ambientes. Essas são as pastilhas, tipo de revestimento que vem ganhando cada vez mais destaque na composição dos espaços devido à versatilidade de sua utilização, resultado da diversidade de modelos e materiais com os quais são produzidas.

Seja no acabamento de paredes e pisos inteiros ou em detalhes, como faixas e molduras, as pastilhas têm como principal atrativo a facilidade de sua composição com outros tipos de revestimento, como porcelanatos e mármores, o que favorece a personalização dos espaços.

Pastilhas na cor turquesa são destaque no projeto. Foto: Carol Sabio

As pastilhas são muito utilizadas nas áreas úmidas, como banheiros e cozinhas, mas não se limitam à uma localização específica, [o que faz com que possam ser utilizadas em todos os ambientes]”, explica a arquiteta Mariana Paula Souza.

Revestimento

A mais tradicional entre os modelos, a pastilha de vidro costuma ser mais translúcida e ter mais brilho quando comparada às demais, o que garante o toque sofisticado ao revestimento. “Elas também podem receber estampas, o que faz com que consigamos reproduzir na pastilha a imagem que o cliente desejar”, acrescenta Mariana.

Pastilhas de vidro podem receber estampas que reproduzem as imagens escolhidas pelo morador. Foto: Marcelo Stammer.

Outro material comum ao acabamento é a cerâmica. Mais resistentes e duráveis, as pastilhas cerâmicas são uma boa opção quando o objetivo é revestir fachadas e grandes áreas externas, pois elas impermeabilizam a parede e protegem a construção da infiltração. Por serem laváveis, elas ainda facilitam a manutenção da fachada da edificação.

Materiais naturais

Entre os materiais naturais utilizados na confecção das pastilhasdestacam-se o bambu, o coco e a madeira. As pastilhas de bambusão fabricadas a partir de compensados ou painéis laminados e podem ser aplicadas no revestimento de paredes, móveis e objetos de decoração, incluindo superfícies curvas – de acordo com a espessura das peças.

As pastilhas de coco, por sua vez, são produzidas a partir da casca da fruta e apresentam grande resistência a impactos. Assim como as peças em madeira, sua aplicação é indicada para ambientes secos.

“As pastilhas de coco e madeira dão uma aparência mais rústica ao ambiente. Assim, podem ser utilizadas no acabamento de churrasqueiras e cozinhas gourmet ou para o revestimento de painéis instalados em salas de estar e home theaters”, sugere a arquiteta.

Praticidade

Para quem busca praticidade na hora de renovar os ambientes, as pastilhas adesivas são uma boa opção. “Elas são comercializadas em placas que dispensam o uso de argamassa e podem ser encontradas com peças de vidro e mármore, por exemplo”, explica Adriana Baraldi, proprietária da G. Baraldi.

Outro modelo de pastilha autoadesiva é o produzido em poliuretano flexível. Imitando os formatos cerâmicos e de vidro, as placas são flexíveis e podem ser cortadas com tesoura, o que facilita o encaixe em áreas com tomadas ou armários. Elas também podem ser aplicadas sobre paredes pintadas ou sobre outros tipos de revestimento.

Sustentabilidade

Já para quem prioriza a sustentabilidade dos produtos que leva para dentro de casa, as pastilhas de PET estão entre as alternativas. Produzidas a partir de garrafas PET recicladas, elas reduzem o volume do produto que seria descartado nos aterros sanitários – estima-se que cada 1 m² do produto utilize mais de 60 garrafas – e contribuem com o meio ambiente.

Para se decidir na escolha da pastilha diante de tamanha diversidade, três pontos precisam ser avaliados, de acordo com Adriana: a necessidade de uso do revestimento (se ele será instalado em áreas secas ou úmidas), o efeito estético que se projeta para ele e orçamento disponível para a obra.

Detalhe da lareira, no projeto ilustra a versatilidade da aplicação das pastilhas na decoração. Foto: Ivonaldo Alexandre

Depois disso, é necessário dar atenção à qualidade do reboco da parede. Isso porque, diferentemente do que ocorre com as cerâmicas de grande formato, a pastilha não esconde as imperfeições do reboco, que deve estar liso e no nível para que a instalação seja perfeita.

“Também é preciso contratar um profissional capacitado, pois nem todo pedreiro sabe instalar pastilha. O uso da argamassa incorreta, por exemplo, pode manchar o revestimento”, alerta a arquiteta Mariana.

Com todos estes cuidados tomados, é possível se aproveitar ao máximo o potencial decorativo das pastilhas e se garantir o sucesso da obra ou reforma.


Fonte: Saiba como usar as pastilhas na decoração dos ambientes

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