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Neuroarquitetura: a construção de espaços saudáveis

Decoração no ambiente de trabalho pode prejudicar ou colaborar com a saúde dos funcionários Fonte: ZAP em Casa

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Aquela luz que arde os olhos, o barulho que atrapalha a concentração e a sensação de estar isolado do mundo, sem saber se está sol ou chuva. Passar pelo menos oito horas em um ambiente de trabalho assim pode de ser um risco à saúde. O resultado é alto nível de estresse e queda na produtividade. Um projeto arquitetônico bem desenvolvido muda essa realidade e dá sensação de bem-estar aos colaboradores da empresa.

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(Foto: Shutterstock)

A arquiteta Priscilla Bencke, especialista em ambiente de trabalho qualidade corporativa, diz que o espaço físico afeta diretamente as pessoas. Se forem mal projetados, prejudicam a saúde física e mental. Priscilla vai buscar na ciência elementos que possam embasar seus projetos: é a neuroarquitetura.

“É um termo popular que surgiu para conceituar o estudo de duas ciências, a arquitetura e a neurociência. Hoje costumamos chamar de neurociência aplicada à arquitetura. Já há pesquisas com neurocientistas comprovando como o ambiente físico impacta no cérebro das pessoas e consequentemente nas emoções e no comportamento delas”.

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Uma das questões trabalhadas pela especialista é a ergonomia dos móveis. Ela ressalta que trabalhar o dia todo numa cadeira inadequada, por exemplo, resulta em dor nas costas, que pode se tornar crônica e virar doença. Outro problema é o ruído, que desconcentra as pessoas. Por isso, o isolamento acústico é interessante. E até a cor das paredes pode influenciar.

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(Foto: Shutterstock)

“As cores dão sensações de temperaturas. Pesquisas demonstram que tons mais azulados e esverdeados estimulam a tranquilidade, para uma atividade que exige concentração, por exemplo. Já vermelho, laranja e amarelo dão, visualmente, sensação de calor”, diz Priscilla.

Iluminação

O ser humano precisa ter contato com a luz do sol para regular o relógio biológico. Uma série de substâncias químicas são produzidas pelo corpo a partir da cor da luz solar. Por isso, é importante saber quando é meio-dia, com a luz mais branca, que nos deixa ativos, e quando é fim de tarde, com o tom amarelado do pôr do sol, que estimula a produção de melatonina e corpo começa a relaxar.

(Foto: Shutterstock)

“Um pessoa que trabalha dentro de um ambiente que não tem janela começa a desregular completamente o organismo dela. A iluminação afeta diretamente a saúde, o humor. É importante que as pessoas tenham contato com a luz externa. Quando isso não é possível, existem sistemas de automação de luz artificial que conseguem alterar a temperatura (cor) da luz e simular o sol. É uma estratégia”.

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Vegetação

Todos os elementos que vêm da natureza tem impacto positivo no ser humano. “Precisamos dessa conexão com elementos naturais para nos sentirmos bem. Pode ser uma planta, madeira, revestimentos de pedra. E até questões que simulem, como um painel com paisagem, por exemplo”, afirma a arquiteta.

(Foto: Shutterstock)

Mudança

Funcionária de uma empresa onde o conceito de neuroarquitetura foi aplicado durante reforma, a assistente administrativo Kiane Dornelle, de Porto Alegre (RS), garante que o impacto positivo foi grande. Ela cita a melhor disposição dos móveis, espaço de relaxamento no escritório, presença de folhagens e iluminação natural pelas janelas.

“Ajudou no foco e na produtividade. Hoje temos uma iluminação melhor e uma conexão com a a natureza. Isso ajuda a ter concentração e diminuir o estresse. As novas cadeiras e mesas, com regulagem de altura e apoio para pés, também ajudaram. Às vezes você sai cansado do ambiente e não entende o motivo, essa mudança ajuda muito”.

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via: https://revista.zapimoveis.com.br/neuroarquitetura-a-construcao-de-espacos-saudaveis/

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